Gana
A minha Gana é terrivelmente fútil!
Fatalmente volátil
Superficial, falsa, leve
O gauche e as peripécias numéricas...
Estou fadado ao erro!
A perfeição não conseguirá me destruir!
Falsa ilusão que me leva aos piores lugares que já foram vistos:
A solidão e ao fim!
Os olhares densos e perplexos que vigiam a todo momento...
Erro? Jamais!
E a mim mesmo?
Sobra o resto do que já foi...
A minha Gana é fútil!
Além de fútil é rasa!
Viver de 10 a mil por hora...
A dimensão que se olha para baixo e se encontra abaixo de todos: tudo!
O mundo cai, os sonhos caem...
Simples momentos fadados ao erro: estou incredulamente solitário!
Na batalha pela minha Gana feita de vontades maiores do que eu:
Que me vejo ao chão por quase nada: quase tudo momentaneamente!
Que abram as portas da maldade para eu passar com todo o meu bloco!
O bloco da tristeza e da burrice que me maltrato diariamente; temporariamente!
Que minha alma apenas chora:
E o meu corpo apenas sente as dores maltratadas da vida olhada: alheia!