Reedição: " O TEMPO DAS CEREJAS "

Às vezes volta o tempo das cerejas!

Os dias que voaram na brisa

que beijou a pele. "Sabes?

Por vezes fica nos lábios

o rubor do sangue como se

tivéssemos mordido o amor."*1

Comoção carnuda, melro, flores

e calor, sabor atemporal,

do tempo da felicidade.

Ao anoitecer, mulher e homem virão

para o sabor das cerejas

pousadas em suas bocas.

No tempo das cerejas não há,

nem dor nem sofrimento,

só o demasia dos caroços

das cerejas que pintaram os lábios

com um vermelho rubro.

*1 Cecília Meireles.

permiano colodi
Enviado por permiano colodi em 07/08/2011
Reeditado em 13/08/2011
Código do texto: T3144731