Flagelo


Pela vida passo a passo
Em meu silente caminhar
Divido-me em mil pedaços e
Aporto em qualquer lugar

No triste lamento do mundo
No inocente a clamar
No asfalto onde o sangue,
Jorra quente a se espalhar

No desmatamento desvairado
No gueto onde a miséria consome
No coração da alma dilacerado
Na boca do mundo a fome

Nos desvarios e crueldades
Pelo abuso insano do poder
Tredos intentos da temporalidade
Nas entocas da maldade
Insana busca do prazer

Sou a comoção da dor
Nas veias da vida a chorar
Lágrimas da fome e do horror
Que teima em sacrificar
Inocentes em holocaustos
Pelo mundo secular

Na fria face da crueldade
Onde se esconde o terror
Agoniza aflita a humanidade
Soterrada nesse desamor

Kainha Brito











Kainha Brito
Enviado por Kainha Brito em 19/07/2011
Reeditado em 13/10/2012
Código do texto: T3105872
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