Solitária tristeza

Eu já não sei mais

Quantas vezes

Tive que recomeçar,

Não sei de onde veio

A energia para sonhar

E ver o caminho

E ter a vontade de andar...

Eu não sei mais

Quantas vezes construí,

Sem fundações,

Os Prédios em que vivi,

Os risos que sorri,

Minhas esquecidas canções...

Eu não sei mais

Quantas vezes me deparei

Apagando o caminho,

Os poemas por onde andei,

Não sei mais

Quantas vezes desacreditei...

E eu não sei como

Uma pessoa com minha Idade

Ainda crer em fantasia,

Tenta burlar a realidade,

Diante da Noite, ver o Dia...

Eu também não sei como,

Num coração cansado

De andanças ainda se pode

Encontrar tanta esperança

Que mude a Situação...

E estes olhos que sempre

Vêm com surpresa,

Fazendo-me encontrar

Uma pura beleza

Onde só restou

A solitária Tristeza...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 18/07/2011
Código do texto: T3102147
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