À Porta do que Sou

À Porta do que Sou

A porta do que sou deixei de estar ,

não estou.

Os lugares onde estive, se pudesse,

trancaria no baú do esquecimento.

O tempo de sonhar está na hora

de acabar

O verde das matas é clorofila, saiu

da fila do sonhar.

É o verde a pedir à ciência que o venha

desvendar.

Ali está o segredo capaz de expulsar o

medo de não ter o que comer.

O Vale de lágrimas que até agora a vida foi,

pode bem deixar de ser.

Até pode acontecer que a este Planeta Sagrado

chegue ajuda de outro lado.

E isto não é sonhar, é entrar em sintonia com

outra sabedoria.

É elevar os sentidos, é aguçar os ouvidos,

é ver o que é com olhos da fé.

É ver Deus a ensinar o que é preciso aprender

para humano se tornar.

O que falta na Terra é que sobra nas alturas.

Amor sem medida a alimentar a vida nas criaturas.

Lita Moniz