"SOB A ABA DE MEU CHAPÉU "

Sempre estive

sob a aba de meu chapéu.

No fim da tarde,

esperando o sereno da noite,

ainda mantinha meu chapéu de feltro

e esperava o calafrio da estação.

Aguardava um algo mais do vácuo do tempo,

mas nada mudava, só o tempo dos pirilampos

na alternância das estações que trazia

uma interminável certeza,

e eu, sob a aba de meu chapéu,

mirava o céu com meus olhos

vazado de beleza, pensando

nos vazios infinitos.

permiano colodi
Enviado por permiano colodi em 13/07/2011
Código do texto: T3092517