" RUBÍS À MARGEM DA DOR "
Lembro-me da amada e dos botões de sua blusa
sempre fechados para esconder sua volúpia,
e fico preso à imagem desse desejo.
Tudo me lembra que você sem mim,
definha em solidão. No altar das preces
as chagas do cristo crucificado engalanam-se
de gotas de rubís e o nosso amor que já dura tanto,
glorifica-se na capitulação de uvas esmagadas
enquanto padecemos em paixão inútil.