" OS NÁUFRAGOS "

São os náufragos:

boiam nas rangentes vagas

sem sonho de esperança,

navegam em agonia, exauridis.

Lívida, a sombra-anêmona vaga,

em nado líquido de cavo espanto.

A desesperança tem o rosto

apavorado dos moribundos,

estão opostos ao rosto da alegria.

Cresta-se a procela no rito dos

tormentos.

Encolhe-se a noite em sorte adversa.

Há pontes de mistérios entre o limite

do pânico e o furor aflorado dos umbrais.

Oh ! Roseiral de sombras agonizantes

semeadas em meio do alto mar!.

Cumpre-se um final de encontro

entre os náufragos, a sombra e a procela!

permiano colodi
Enviado por permiano colodi em 06/07/2011
Reeditado em 06/07/2011
Código do texto: T3079094