O Crime de Renato.

Sujastes de sangue as mãos

ao matar-me o coração

dentro do meu próprio peito!

Pensastes crime perfeito,

mas que ledo e triste engano!

Tu erras em ser humano,

gauche, de qualquer jeito!

Sujastes as mãos de graça,

porque o tempo, logo passa,

e tudo tem solução!

Comprei novo coração,

costurei com linha quente,

é este bem mais vivente,

bem mais cheio de emoção!

As emoções do veneno

da vingança, tão ameno

às minhas dores e chagas...

Da tua filosofia vaga,

crês ter eu perdoado

teu crime, bem consumado,

mas garanto que me pagas!

Agora, é meu o trabalho

de arrancar teu órgão falho,

que a ti não tem serventia!

Ah, Renato, quem diria!

Pro inferno, vou sozinha,

mas o coração que tinhas,

levo comigo, e retalho!

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Mad Just
Enviado por Mad Just em 30/06/2011
Reeditado em 02/07/2011
Código do texto: T3067568
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