Uma Noite em Budapeste (Encantamento)
A rua ta tão deserta
A noite uma escuridão medonha
A lua anelar em prata
Veste todo corpo nu de Bell
A lua ta cheia
Vazia ta a rua
Lá no finzinho...
Uma coisa se mexe...
Remexe...
Quase se ergue
Tem menos lua
Naquele canto da rua
Pouco ou nada se vê
Sim...
Lá do fim!
Aquilo vem se arrastando
É bicho?
É homem?
A coisa vai se curvando
Urrando um soneto de amor
Um secreto desejo
De enquanto a lua for cheia
Ser possuído por Bell
A noite é fria...
Desértica
A nudez prateada encanta
Revela todo aquele segredo
De amor...
De medos...
Lá no finzinho da rua
Uivos!
Urros!
Carícias...
Sussurros...
A prata ainda ta cheia
E a magia da lua
Toda aquela noite encanta