"O GALOPE "
O GALOPE
Eilo que vem pela campina,
vem em disparada na fúria do vento.
Não se detém, salta
sobre os encurvados ramos
o potro doido, sob luz intensa
em tresloucada chama.
Foi-lhe tão gentil e genital
ao derramar a taça e depositar
o que procurou no abrigo
para decepar-lhe a flor nas ancas,
com agudo espinho e gotas de orvalho,
em semeadura que, mais bela,
após o germinar do trigo, ela ficou.
E o corcel de abate
solitário sobre ela,
mas de alma pura.