Poema-Humo.
Tão humanos, tão mortais...
Problemas, quantos problemas!
Indignos de um poema.
Inóspitos animais.
Por aqui, só rima pobre,
a temática merece.
Pois deveras não carece
o tolo vestir-se nobre.
Entendem-se diferentes
uns dos outros, flexíveis...
Mas são igualmente horríveis,
igualmente vis e doentes!
Fazem menos dos coitados,
miseráveis e afins...
Mas tem todos mesmo fim:
Apodrecer enterrados!
Não tem ideais convictos,
e na beleza são fortes...
Não compreendem que a morte
é o que há de mais bonito!
Limpíssimos e mulambos...
Feios, bonitos, crença.
Não haverá diferença...
O verme comerá ambos!