Réquiem ao Coração de Alberto.
Daquele peito vivente,
faceiro, jovial e quente,
que abrigava fielmente
o coração do pobre Alberto,
restou árido deserto
um final tristonho e certo
de tapera, tão somente.
Das poesias graciosas,
com rimas harmoniosas,
vestidas sempre por rosas
e dedicadas à flor,
restaram versos de horror,
dilacerou-se o amor,
pintou-se um jardim sem cor
de poemas e de prosas.
Desgraçado coração
topou a dor, sem perdão,
habitou na escuridão
até que chegou-lhe o fim;
Alberto, ao vê-lo assim,
já sem vida, morto, enfim...
Enterrou-lhe, sem caixão!