Réquiem ao Coração de Alberto.

Daquele peito vivente,

faceiro, jovial e quente,

que abrigava fielmente

o coração do pobre Alberto,

restou árido deserto

um final tristonho e certo

de tapera, tão somente.

Das poesias graciosas,

com rimas harmoniosas,

vestidas sempre por rosas

e dedicadas à flor,

restaram versos de horror,

dilacerou-se o amor,

pintou-se um jardim sem cor

de poemas e de prosas.

Desgraçado coração

topou a dor, sem perdão,

habitou na escuridão

até que chegou-lhe o fim;

Alberto, ao vê-lo assim,

já sem vida, morto, enfim...

Enterrou-lhe, sem caixão!

Lola Viki
Enviado por Lola Viki em 31/05/2011
Reeditado em 03/11/2011
Código do texto: T3005728