" A VIDA NA CASA VELHA "
_Quem me levantou nos braços?
_Foi Dondinha e foi Fulô.
_Quem cantou pra eu dormir?
_Foi Dondinha e foi Fulô.
Coisa ruim nunca se achegava,
Tinha reza feita, debaixo do lua,
Debaixo da cama!
A vida na casa velha
tinha cara de árvore,
tinha cara de anjo.
Mas podia ter cara
de mula-sem-cabeça.
Só tinha desperdício de lágrimas,
entre as portas abertas,
ternuras e beatitudes,
quietas, sem erros,
presas nos jardins da infância.
"_Vamos brincar de pega-pega,
quem ficar por último é mulher do padre!"
Oh!, chumbo do céu
que vieram me dizer:
_Tudo se acabou!