" AMO "
Nada peço ao destino,
continuo apegado à fatalidade.
Antevejo cinzas e aprendo
com os escombros da agonia.
Apego-me à beleza que existe
e ao fluiur do provisório da vida.
Amo em oração: a água, o verde,
o amarelo da minha pátria,
a noite amorosa, o silêncio dos claustros,
o luar e as serenatas, o cheiro das vontades,
a nostalgia e os segredos indizíveis.
Amo a poética dos poemas,
a persistência dos mártires
devotados à justiça e à verdade.