" DOIDO, DOIDO "

Fruta, pitanga da campina,

Sorrisos, dos lábios dela.

Lembram-me o gosto

de fruta da campina.

Doido, doido,

empurro marés às estrelas.

Não durma dentro da flor

o gineceu carmim

ávido de paixão.

Aninha-se a pupa

no fundo da pupila.

Antes, o vermelho do sangue,

a dor, o furta-cor da vida,

a esperança desmedida

ao medo que a nada leva!

Doido, doido,

empurro marés às estrelas.

Perdoa-me se te atiço o peito,

desperto o coração, que dor

mal resolvida !

Como se pode saber

mais que o coração!

Doido, doido,

empurro marés às estrelas.

Jovens! Nos perseguem os passos

que nos levam, a ampulheta vazia

deitem ao chão, comecem a pintar os lábios

e dançar entre as acácias!

Alegrem-se! Tudo lhes será perdoado,

pisem en dança nas acácias caídas,

mas em compaixão e serão escravos

só da vida, hóspedes do melhor lugar,

viajantes da esternidade!

E doidos, doidos,

empurrem marés às estrelas!

permiano colodi
Enviado por permiano colodi em 23/05/2011
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