O Anjo que eu vejo.

No alto daquele prédio

uma sombra pousa e fica;

visagem bonita e rica

pra mim, que mastigo tédio.

Eu não lhe defino nada;

apenas a silhueta...

Sombra densa, nua e preta

de uma figura alada.

E ali fica, solidão...

Contemplando a cidadela.

Criatura estranha e bela

que me enfeitiça a razão!

Depois, bate asa e some,

funde-se no céu em breu.

E no escuro, fico eu,

imaginando seu nome.

Talvez, não regresse mais

ou repita o ritual...

Sinistro ser divinal,

donde vem, pra onde vais?

Lola Viki
Enviado por Lola Viki em 21/05/2011
Código do texto: T2985114
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.