APELO AO SER HUMANO
O humano faz parte da história e constantemente se limita a conhecê-la: Há uma falha nos caminhos...
Somos descendência de uma natureza pura,
e insistimos em manchas, na essência da podridão.
Ainda ontem mulheres sofriam, acorrentadas, submissas, "mulheres".
Frequentemente a lua sangra com elas.
Hoje, em tangências de tempo, somos raiz de um passado "inflóreo".
Onde estão as flores de Veneza ou da Amazônia?
A natureza explica quem somos: cultura e verdade. Nudez!
O humano se limita e se explode,
É causa de um período animalesco, e ainda hoje as palavras (e não só elas) nos revelam.
A morte, o sofrimento, o desigual: ontologicamente o homem foi feito, distintivamente o homem se modificou...
Há esperança? Em resumo é a luta por consciência.
Para que as flores voltem a ser belas, para que os pássaros que antes gorjeavam possam renascer e inundar nossos corações.
Há esperança! Para que não haja fábrica de humanos. Para que a miséria experimente o veneno da fome, para que a humanização dos nossos direitos exista.
Somos história e a desconhecemos. Tentemos! Tentemos! Somos retidão e brasa. As asas de um povo que se desconhece.