Poema Ácido II.
Eu vejo as faces idiotas
dessa gentinha sem som.
Tudo pra elas é bom,
tudo é festa, carnaval.
Eu vejo o ridículo tal
nessa gentinha sem graça...
A vida por elas passa,
feito música sem notas.
Eu vejo as conversas calmas
dessa gentinha sem brilho.
E assim serão seus filhos: -
humanóides falantes.
Eu vejo o desconsertante
nessa gentinha barata.
A futilidade ingrata
que lhes habita a alma.
Eu vejo o fim lastimavel
dessa gentinha vendida...
Um fim justo para a vida
de quem não lhe deu valor.
Eu verei face de horror
nessa gentinha tão torta
quando a alma lhes for morta
feito o corpo detestável.