UIVOS
Na cabeça nada mais cabia
Nada!
Todas aquelas coisas...
Todas!
Foram alegorias ultrapassadas
De algum momento
D’um qualquer lugar
Que pouco importava agora
Águas dos rios...
Das praias eram!
Ondas que não mais banham
E menos corpos molham!
Saudade...
Saudades
Águas salmouradas parecem
É erupção de outrora vontades
Que deixa tudo a flor-da-pele!
Que o faminto uivo do lobo faminto
Grita que sim...
Revelando velhas crostas...
Antigas paixões!
Todo corpo todo nada mais vestia
Nada!
Mais esfarrapado todo velho estava
Tudo!
Que nem o novo trajeto da nova água
Nova!
Alguma coisa lava!