UIVOS

Na cabeça nada mais cabia

Nada!

Todas aquelas coisas...

Todas!

Foram alegorias ultrapassadas

De algum momento

D’um qualquer lugar

Que pouco importava agora

Águas dos rios...

Das praias eram!

Ondas que não mais banham

E menos corpos molham!

Saudade...

Saudades

Águas salmouradas parecem

É erupção de outrora vontades

Que deixa tudo a flor-da-pele!

Que o faminto uivo do lobo faminto

Grita que sim...

Revelando velhas crostas...

Antigas paixões!

Todo corpo todo nada mais vestia

Nada!

Mais esfarrapado todo velho estava

Tudo!

Que nem o novo trajeto da nova água

Nova!

Alguma coisa lava!

GuimarãesCampos
Enviado por GuimarãesCampos em 12/05/2011
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