SAUDADES DE FILHO

Ela dói no vazio que vem aqui dentro

reservado à saudade que nasceu sem fim,

mas a dor tem um quê de leveza e doçura

que me faz dizer sim ao seu curso constante...

Mora nessas lembranças mais simples e fundas,

na leveza do sonho que as noites repetem,

no silêncio que rompe a barreira do som

pra ser bom; todo meu; sem nenhuma partilha...

Quando choro em sigilo meu pranto não pesa,

minha reza de ateu cria deus em seu rosto

e me sinto amparado pelo seu amor...

Quando as noites adentram a velha janela,

minha casa é capela que sempre a cultua (...);

ela desce da lua e me toma no colo...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 02/05/2011
Reeditado em 02/05/2011
Código do texto: T2944515
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