Luar de abril de 88

Luar de abril de 88

Amiga de infortúnio

Mais uma vez resplandeces

Solitária e quedas

Sobre a escura noite

Que cai sobre mim

Mais uma vez, me vês, na vã tentativa

De não ser triste posto a fitar-te

Quando vagas sobre mares,

Montanhas e ruas,

Mais uma vez, me vês

Como o triste e solitário observador

E te responsabilizo pela influência

Que tens sobre mim, pois,

Sou triste quando és minguante,

E bem mais quando vens

Assim: inteira, bela, branca,

Plena de feminilidade e de matreirices...

Pulando muros, rompendo

As barreiras que nunca venci!...

Mas, Obrigado... Matastes amiga,

Com tua luz, a minha solidão