Penas de um curió II

Penas de um curió II

Romar/Lula

Meu pobre curió que se depena

Eu não te vejo tão pobre

Posto que renovas tuas penas

E, eu, quanto mais “mudo”, mais enrugo!...

Só somo dor às dores antigas! ...

"Queria que minh'alma renovasse

Deixando cair as penas tristes.

Pois bem sei que não se perde

O que nunca se teve.

E alegria não se acha,

Depois que ela acaba."

Amigo, penas não se tem apenas

Por querer-se tê-Ias.

Penas a gente junta às vezes

Quando não consegue,

No correr da "pena",

- em forma d 'um poema, ¬

Deixar, no papel, a dor escrita!...

Ou, se preferires, as penas, todas,

deixarem escritas, numa simples folha de papel!...

N.A. “Lula” Luiz Antonio (em memória)