Domingo Sem Soneto
Melindro: o domingo começou
Logo termina
A vida ensina
Por enquanto o dia fica como estou.
Quem de nós, aí por cima, se ilumina?
Luz com luz se embalou,
Cor sem cor, não enfezou,
Se aqui embaixo um brilho chega, é lamparina
Acordei por ser domingo, nem poesia menos prosa,
Foi a noite anterior um buquê sem tanta rosa
Que a manhã desconfiou
Levanta, ordinário! Pois o mundo já levitou
Nesse horário ainda dormindo? É domingo, e acabou!
Êta vida ardilosa...