Estrada de ferro Leopoldina
A "Leopoldina" bem poderia ser uma mulher...
Férrea estrada de peregrina andança,
dona da mais absoluta e paralela solidão...
longas tranças de trilhos sobre mil dormentes,
que, quase em gritos, gemem de prazer
quando as máquinas passam-lhes em cima!...
Oh! "Leopoldina", mulher ávida de sexo,
deixa te emprenhar com a minha solidão
por entre os trilhos que eu te faça um filho
das minhas infrutíferas e solitárias andanças...
Permita-me, depois, quando exaurido,
repousar... Às sombras dos teus vagões
até me recompor, para juntos e enxeridos
seguirmos na busca, inútil, de novas visões!...
A "Leopoldina" bem poderia ser uma mulher...
Férrea estrada de peregrina andança,
dona da mais absoluta e paralela solidão...
longas tranças de trilhos sobre mil dormentes,
que, quase em gritos, gemem de prazer
quando as máquinas passam-lhes em cima!...
Oh! "Leopoldina", mulher ávida de sexo,
deixa te emprenhar com a minha solidão
por entre os trilhos que eu te faça um filho
das minhas infrutíferas e solitárias andanças...
Permita-me, depois, quando exaurido,
repousar... Às sombras dos teus vagões
até me recompor, para juntos e enxeridos
seguirmos na busca, inútil, de novas visões!...