Nódoas

Versos denunciam-te o amor encarcerado.

Triste coração pulsa dissimuladamente.

Falsa felicidade estampa sorriso demente.

Passeias pelo passado vasculhando cantos,

cantas a saudade em versificados prantos.

Cobre-te a rôta capa do lamento.

Procuras o vestígio da felicidade perdida

nos rostos que te passam pela vida,

lançados um a um no abismo.

Tuas lembranças são nódoas

tatuadas pelas cultivadas mágoas

da mutilada árvore do egoísmo.

Nota: Dedico estes versos aos (às) poetas que tanto lamentam o amor perdido, sem se darem conta de que o egoísmo muitas vezes prevalece sobre este sentimento.

Di Amaral
Enviado por Di Amaral em 06/04/2011
Reeditado em 02/11/2016
Código do texto: T2893838
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