Nódoas
Versos denunciam-te o amor encarcerado.
Triste coração pulsa dissimuladamente.
Falsa felicidade estampa sorriso demente.
Passeias pelo passado vasculhando cantos,
cantas a saudade em versificados prantos.
Cobre-te a rôta capa do lamento.
Procuras o vestígio da felicidade perdida
nos rostos que te passam pela vida,
lançados um a um no abismo.
Tuas lembranças são nódoas
tatuadas pelas cultivadas mágoas
da mutilada árvore do egoísmo.
Nota: Dedico estes versos aos (às) poetas que tanto lamentam o amor perdido, sem se darem conta de que o egoísmo muitas vezes prevalece sobre este sentimento.