" CINZAS "
Sobre um ramo de aço
pousei meu coração de pedra.
Por trás dos sonhos meus,
o vento descobriu as cinzas
ocultas em minhas vértebras
ao andar em dia claro.
Meus poemas andrajos
resistem ao rimário das líricas árias,
rumo certo das estrelas descabeladas.
Meus olhos espantalhos
estranham as metáforas
nas grotas de meus versos.
Resisto o quanto posso às rimas
inventando enígmas no "front" das palavras.