" CINZAS "

Sobre um ramo de aço

pousei meu coração de pedra.

Por trás dos sonhos meus,

o vento descobriu as cinzas

ocultas em minhas vértebras

ao andar em dia claro.

Meus poemas andrajos

resistem ao rimário das líricas árias,

rumo certo das estrelas descabeladas.

Meus olhos espantalhos

estranham as metáforas

nas grotas de meus versos.

Resisto o quanto posso às rimas

inventando enígmas no "front" das palavras.

permiano colodi
Enviado por permiano colodi em 05/04/2011
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