Um poema que ninguém escreveu
Eu sou um poema que ninguém escreveu
Um código incógnito que ninguém decifrou
Sou a palavra que sem sair, na boca morreu
Eu sou o pensamento que Rodin Silenciou
Sou aquele que de tanto procurar se perdeu
Sou o que não vive aquilo que sempre sonhou
Sou o que segue pelas ruas de um mundo breu
Eu sou aquele que espera quando tudo acabou
Aquele que se espanta quando nada aconteceu
Eu sou a distância a separar vários indefinidos
Um sonho de vazios, plumas, bolhas de sabão,
Que tem forma perfeita, porém curta duração...
Eu sou o pensamento de alguém que me leu
Alguém que talvez não seja diferente de mim
Pois somos iguais, no início, no meio, e no fim...