" MANSA, ARISCA, PERIGOSA "

Mansa, arisca, perigosa,

entrega-se à lívida lava, água de cal

derriçada ao pé da romanzeira.

Mansa, arisca, perigosa,

fervorosa em seu florir em rosa.

Vai amanhecendo

na empreitada da tocaia.

Mansa, arisca, perigosa

navega em suas próprias águas,

semeia artifícios, faz-se amada.

Mansa, arisca, perigosa,

descobre o verbo alvorecer

e renasce em seu mais acolhedor mistério.

Como se apressasse,

inventa caminhos novos,

chega ao limite da fundura certa

e faz-se vencedora

no amavio da emboscada.

permiano colodi
Enviado por permiano colodi em 04/04/2011
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