BARDO.

Quem canta o universo

em arpejos de poesia,

muito mais mereceria

do que estes pobres versos.

O homem que conta a vida

de forma particular,

sequer precisa falar:

a escrita é compreendida!

São estes bardos modernos,

que enfeitiçam povoados...

Grafando em tantos cadernos

o que a emoção lhes há dado.

Mas tem um, por especial...

Tão bonito quanto as rimas!

Face quase angelical...

E a alma cheia de cismas!

Certas vezes, mais ameno,

de amores melodiosos.

Por outras, bebe veneno

dos próprios punhos nervosos.

Algo me tira a razão

naquele bardo paulista...

Indecifrável questão

emaranhando-me à vista...

Talvez, nem seja segredo

o que o olhar do bardo tem.

Quem, sabe, souber, tem medo...

E eu tenho medo também!

Lola Viki
Enviado por Lola Viki em 03/04/2011
Código do texto: T2887921
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