No Metrô
Rostos pensantes,
sérios semblantes,
ninguém me sorri
Alguns serenos,
olhares amenos...
é tudo que vi.
Vão todos calados,
alguns amuados,
outros cansados,
o íntimo de cada
- como saber?
Assim sou mais um
no Metrô matutino
sigo meu destino...
não sei se me vêem,
mas continuo a viver!
Depois - que surpresa!
no corredor de interligação
me distraio com as vitrines
e entro na contra-mão
Percebo o engano sem muito a fazer
no fluxo intenso, parecendo cardume,
é deixar-se levar, seguir e ver...
Depois, no final, percebo o motivo
dispensando placas de orientação
ser humano é boi solto na vida e na rua
faz seu próprio caminho e a sua solução!