PRIMAVERA-VERÃO.
Primavera pálida, primavera langue...
Beija meu sangue, carmim morrente...
Tarde tão cálida, tarde silente,
A alma sente a dor do pecado,
Sangue derramado no chão da sala
Dor que resvala no chão sangrado.
Sábia ironia chamada sorte...
Mãos frias... A morte... Caminho torto...
Um vivo-morto que sou agora
Eu vou embora, mas vou ficar...
Para assombrar teus miseráveis dias
Nas poesias que hei de deixar.
Que teu verão seja funeral!
Que meu umbral cale teu sorriso!
Já não preciso da tua piedade...
A morte invade minha carcaça
A hora passa, insana, louca!
Calando a boca que te desgraça!
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