PRIMAVERA-VERÃO.

Primavera pálida, primavera langue...

Beija meu sangue, carmim morrente...

Tarde tão cálida, tarde silente,

A alma sente a dor do pecado,

Sangue derramado no chão da sala

Dor que resvala no chão sangrado.

Sábia ironia chamada sorte...

Mãos frias... A morte... Caminho torto...

Um vivo-morto que sou agora

Eu vou embora, mas vou ficar...

Para assombrar teus miseráveis dias

Nas poesias que hei de deixar.

Que teu verão seja funeral!

Que meu umbral cale teu sorriso!

Já não preciso da tua piedade...

A morte invade minha carcaça

A hora passa, insana, louca!

Calando a boca que te desgraça!

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Lola Viki
Enviado por Lola Viki em 27/03/2011
Código do texto: T2874048
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