Anjo Thaynan.
Que tímido é teu sorriso,
Jovem da pele de lua!
Parece-me até aviso
Inconsciente da alma tua:
Diz que tu estás distante
Estando sempre por perto;
Que teu querer é constante
E ao mesmo tempo, incerto.
Confesso, já tive medo
De teu sorriso não ser.
Seria sempre um segredo
Se eu não o pudesse ver.
Medo que ele não fosse,
Não existisse, e fim...
E, ao descobri-lo, tão doce...
Descobri parte de mim!
Os olhos, cor das olivas,
Tem dos verdes o mais lindo...
Em tom de aquarela viva,
À face vão colorindo.
Teus olhos, duas estrelas,
Na órbita do teu rosto...
Deus queira, possa eu revê-las,
Pra não morrer de desgosto!
Dos cabelos, em cascatas,
Vertem ouro no pescoço!
E quando aos cachos desatas,
Brincam eles de alvoroço!
Pareces anjo divino
Condenado a ser mortal!
Sem asas, só um menino...
És um menino afinal!