RUMO.
Prendi-me neste pesadelo eterno
Construído por retalhos do inverno
Que me trouxe frio além do gelo humano...
Perdi-me nos pensamentos profanos
Engajado na viagem dos ciganos
Procurando o caminho das estrelas...
Mas há tempos que já não consigo vê-las...
E outrora até poderia tê-las
No infindo de um céu que era só meu...
Meus olhos hoje só consomem breu
E a palidez que o silêncio concebeu
Parida feito uma besta infernal!
Onde fica o caminho tal, afinal?
Cansei-me desta jornada fatal!
Sem luzeiros... Sem abismo...
É verdade que ainda cismo
Em encontrar algum abismo
E lançar-me assim à queda mortal.
~.~.~.~.~