"A ARTE DE DIZER ADEUS"

Como posso dizer adeus se ainda ontem tive a tua boca na minha boca?/ Fala-me a mim que estou neste mar entre redes e remos, mesmo que a tua ausência aponte a falta de esperança / Atiro fora os lamentos e largo a tristeza./Sombra me reconheço e surpreso me inquieto, mas tenho agora de despedir-me./ Abro as velas de meu destino e me vou, porque há uma inútil esperança./ Ninguém me explique esse tudo excessivo. Toda esperança é despedida./ Dura e ardente e´esta angustia de ir embora, mas tenho de recolher a ãncora. Levo comigo este mar para continuar isento, fiel, saudoso, enamorado./ E agora, o que farei se não me ouves, mas te verei sempre no eterno instante/ Mesmo assim, deseja-me sorte de ser como se fôssemos.

permiano colodi
Enviado por permiano colodi em 23/03/2011
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