"A METALINGUAGEM DOS POEMAS"

Nascem as palavras,

são centelhas, estopins de dor,

transidas de holocaustos,

explodem na realidade

de implacável memória.

Peleja o devaneio,

em golpes de punhais,

são espinhos fincados no peito

com o susto da emoção

que as palavras inventam.

O poema vem e quer viver

para saciar a fome de pimenta

e mel derramados em nossas bocas

para apascentar o furor dos lobos

Não nos atemorizam os mistérios de tudo

e iremos sem arrependimento

narrar a Babel do mundo

a reinventar a vida.

permiano colodi
Enviado por permiano colodi em 22/03/2011
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