Pra quê?

Pra quê ?

Pôr razão na loucura,

Se no fundo não me escuta,

e toma por inteira.

Pra quê ? É besteira!

Se tão visível me habita,

nos acessos de saudade,

mas depois me evita,

com tamanha simplicidade.

Pra quê ?

Por eixo nas palavras,

nos momentos insólitos.

Se elas mesmas se intercalam,

e depois me comovem.

Pra quê ?

Me dar como referência,

se nem tudo é verdade.

Numas dessas enlouqueço,

Perco a credibilidade.

Pra quê ?

Por ordem nas poesias,

se meus pensamentos se confundem.

E então vão julgar ironia,

as palavras que me nutrem.

O sentido faz por si mesmo.

Na gratuidade da emoção,

e ali me perco,

Cansada e sem coração.

Deixe como está,

pois tudo está perfeito.

Confuso...insólitos,

Mas verdadeiro.

FLÁVIA PINHEIRO
Enviado por FLÁVIA PINHEIRO em 16/03/2011
Código do texto: T2851055
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