Pra quê?
Pra quê ?
Pôr razão na loucura,
Se no fundo não me escuta,
e toma por inteira.
Pra quê ? É besteira!
Se tão visível me habita,
nos acessos de saudade,
mas depois me evita,
com tamanha simplicidade.
Pra quê ?
Por eixo nas palavras,
nos momentos insólitos.
Se elas mesmas se intercalam,
e depois me comovem.
Pra quê ?
Me dar como referência,
se nem tudo é verdade.
Numas dessas enlouqueço,
Perco a credibilidade.
Pra quê ?
Por ordem nas poesias,
se meus pensamentos se confundem.
E então vão julgar ironia,
as palavras que me nutrem.
O sentido faz por si mesmo.
Na gratuidade da emoção,
e ali me perco,
Cansada e sem coração.
Deixe como está,
pois tudo está perfeito.
Confuso...insólitos,
Mas verdadeiro.