POEMA DE QUARTA-FEIRA DE CINZAS

Hoje amanheceu esquisito.

Tudo frio e cinzento.

À vista, nada que fosse bonito.

Mais nenhum confete

na rua, em frente,

onde ninguém mais se diverte.

Passam foliões tardios,

esquecidos dos sorrisos

que, ontem, ostentavam nos rostos.

Um carro, de um mal educado qualquer, toca funk.

Um bêbado, além da conta, toca repique.

A tristeza é que não há quem estanque.

Triste, corro a fazer um poema,

por crer não ser uma idéia má,

mas, deserto de inspiração, decido ir ao cinema.

- por JL Semeador, em 09/03/2011, uma quarta-feira de cinzas -

jlsantos
Enviado por jlsantos em 09/03/2011
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