ESCRAVA DA POESIA
Entre as grades douradas da inspiração...
Vago num mundo de sonho e mistificação,
Minha mente, um livro aberto nos tempos,
Meu corpo, uma maresia de sentimentos
Versos soltos, libertos, em sua demência
Sob o papel, subjugados por a alucinação,
Mãos soltas, carentes na plena cadência
De tua presença... no silêncio da emoção
Entra as grades da minha frenética poesia,
Me venturo sem fronteiras, imune à censura;
Nesse lago de sentimentos, vão que me sacia
Entre os muros do meu coração sem fissura
Descarrilado amante, sou escrava carrente,
Mistificando o tempo no fascínio do teu vento,
Prisoneira e cativa, sou uma alma carecente
Longe da burocracia e despida nesta poesia...
Salomé
"Novo Amanhecer 2011"