Versos Estranhos,
Olhando o horizonte sombrio
Vejo diversos versos estranhos
No ápice de meus pensamentos
Não consigo mais recitá-los
Na obscuridade de minha alma
Essas escritas estão gravadas
Como uma maldição rogada
Pela mais impiedosa bruxaria
Versos estranhos
Palavras esquecidas
Frases tenebrosas
No Réquiem de minhas lamúrias
Ainda ouço meus versos estranhos
Que me levam ao desvario
No loar de meus versos
Meu olhar se torna rubro
Rubro como o sangue que corre em minhas veias
Gostaria de livrar minha alma marcada
Por estes velhos versos estranhos
Derrugar minhas reminiscências delas
Antes mesmo do crepúsculo do outono
Quero viver impunimente
Sem me auto-flagelar
Sem ser levado ao desvario.