Ultravioleta
Deve haver algo nas estrelas
escrito a meu respeito.
Que pretensão!
Mas que fazer se a luz desse meu sol
não me alcança,
nem me compreende os desejos?
E na contra mão do contra-senso,
e contra tudo o que espero,
ainda espero,
ou desespero,
pois que a tarde já se vai
e já está perdida a manhã
até do amanhã que ontem eu esperei.
E te verei ainda, ó lua,
ó luz, infinito contemplar
de um tempo que se perde,
ou se transforma,
ou se transporta,
metamorfoseia-se
em luzes ultravioletas
que os meus olhos não alcançam.
Deve haver algo nas estrelas
escrito a meu respeito.
Que pretensão!
Mas que fazer se a luz desse meu sol
não me alcança,
nem me compreende os desejos?
E na contra mão do contra-senso,
e contra tudo o que espero,
ainda espero,
ou desespero,
pois que a tarde já se vai
e já está perdida a manhã
até do amanhã que ontem eu esperei.
E te verei ainda, ó lua,
ó luz, infinito contemplar
de um tempo que se perde,
ou se transforma,
ou se transporta,
metamorfoseia-se
em luzes ultravioletas
que os meus olhos não alcançam.