Flerte
Se me convidas as pândegas
Não tenho dificuldades que hesitá-lo
Tua ausência não me move, não me desatina.
Não passaríamos de uma Colombina e seu Pierrot
Num transplante de uma carnavalesca fuga.
Nada mais!
Enfim prefiro o sonho de um Arlequim.
O destino de um Casmurro solitário.
Prostada com flores murchas no regaço
Com os olhos fitando o queimar dos navios
Basta-me a quimera de meus anos!
Este caminho cercado de seres hediondos
É perigoso demais para quem quiser me alcançar!
Aqui o silêncio é rompido pelo ecoar da minha voz
(...)
Pobre coração desvairado!
Quando te cansarás de todos os sóis
Que foram e virão findar, com advento dos crepúsculos.
Por que haveríamos de esquematizar
Praias douradas, passeios vespertinos,
O que o valha!
Se eis apenas o varão de um verão?!
O qual se julga portador de um sentimento
Que no ínterim da temporada se tornará tão obsoleto.
Quanto os argumentos usados quando tentas me persuadir.