AS ÁRVORES MORREM DE PÉ
 
 
Outrora foi vida
Mais que amada; desejada
Mais que folheada; floreada
Mais que verdejante; refrescante
Uma princesa da floresta
Uma rainha da sombra
Foi vida…vivida
E deu imenso
E tanto que ofertou
Sempre presenteou…tanta vida!
Agora nua e triste
É um resto de tronco escuro
Despida num casco enrugado
Carregado de fendas
São as marcas de um passado Agora…ali, em tons de secura profunda
Habita apenas a solidão e o abandono
Hoje…somente, um palco de cortes
Um misto de golpes
Um punhado de rasgos
Já não vive das estações do ano
Desconhece a chuva, sol e vento
Habitando nela apenas…o silêncio!
 
Mas sempre… sempre de pé!
 
Autor: Luis da Mota Filipe.
In"geoGRAFIA do Silêncio", Ed.Edium Editores, 2010.


 
 
 
 
 
 
 
 
Luis da Mota Filipe
Enviado por Luis da Mota Filipe em 09/01/2011
Código do texto: T2719021
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