RETALHOS DE UMA ALDEIA
Aqui…
Onde o bom dia baila de boca em boca numa dança natural, as manhãs brindam-nos com a pureza das gotas de orvalho.
Há cheiro a campos viçosos e a perfumes que vivem nos estendais de roupa sempre que se encontram povoados.
Os beirais acolhem sinfonias, anunciando a estação dos amores.
O toque do sino na torre é o orientador fiel para os que andam mimando as suas fazendas.
Diariamente, em cada morada, fumegam iguarias saloias compondo buchas, merendas e ceias.
Postigos gastos são enfeitados com a brancura da arte rendilhada.
O rossio, o mirante, a sociedade, o chafariz, o rio e o poço, são os padrinhos briosos de algumas ruas e largos.
Enquanto os pátios namoram com as travessas e os becos cobiçam as ladeiras, bancos improvisados, aquecidos pelo sol, servem de palco aos temas da vida alheia.
Agosto é mês de branquear casas e muros, para que possam combinar com a pureza dos jardins de fé que se carregam aos ombros.
Neste canto saboreia-se a tranquilidade, respirando-se das marcas seculares.
Nesta terra que beija o céu, os dias morrem mais depressa e as noites nascem mais cedo.
Na aldeia os sorrisos e as lágrimas são comunitários, partilham-se dores e alegrias.
Não se fantasiam sentimentos. Tudo é mais autêntico e a vida brota… ao sabor dos versos apinhados de rimas de verdades.
"In geoGRAFIA do Silêncio - 2010"
(Luis da Mota Filipe)
Aqui…
Onde o bom dia baila de boca em boca numa dança natural, as manhãs brindam-nos com a pureza das gotas de orvalho.
Há cheiro a campos viçosos e a perfumes que vivem nos estendais de roupa sempre que se encontram povoados.
Os beirais acolhem sinfonias, anunciando a estação dos amores.
O toque do sino na torre é o orientador fiel para os que andam mimando as suas fazendas.
Diariamente, em cada morada, fumegam iguarias saloias compondo buchas, merendas e ceias.
Postigos gastos são enfeitados com a brancura da arte rendilhada.
O rossio, o mirante, a sociedade, o chafariz, o rio e o poço, são os padrinhos briosos de algumas ruas e largos.
Enquanto os pátios namoram com as travessas e os becos cobiçam as ladeiras, bancos improvisados, aquecidos pelo sol, servem de palco aos temas da vida alheia.
Agosto é mês de branquear casas e muros, para que possam combinar com a pureza dos jardins de fé que se carregam aos ombros.
Neste canto saboreia-se a tranquilidade, respirando-se das marcas seculares.
Nesta terra que beija o céu, os dias morrem mais depressa e as noites nascem mais cedo.
Na aldeia os sorrisos e as lágrimas são comunitários, partilham-se dores e alegrias.
Não se fantasiam sentimentos. Tudo é mais autêntico e a vida brota… ao sabor dos versos apinhados de rimas de verdades.
"In geoGRAFIA do Silêncio - 2010"
(Luis da Mota Filipe)