Resquícios

São algumas poesias, as primeiras, que nunca publiquei... Acabei encontrando-as e resolvi postar algumas.

Perdoem a estética e os possíveis pensamentos pueris.

Redondilha do Arrependimento

Tanto tempo eu vivendo

num mundo de ilusão

tive olhos que não viam,

meus ouvidos tinha atentos

e contudo, nada ouvia

Das palavras que dizias

logo pronto eu aceitava,

mas logo me esquecendo

Cegueira tão bem nítida

miserável ser que sou!

Pai, perdoai-me a culpa

perdoai este pecado

pois levanto, logo caio

no mesmo erro, pó,

ignomínia eu tenho

e de triste me faço então

por saber Teu grande amor

e ver minha ingratidão

Toda minha ilusão

que faz derramar lágrimas

E tanta indignação

em mim mesmo eu me causo

Senhor eu te agradeço

por tudo que me tens dado

e humildemente peço

perdoai o meu pecado.

Desde o primeiro raio de luz ou mesmo antes

Desde o primeiro raio de luz ou mesmo antes

quando ainda eu não era, eras Tu

vendo a mim, cada passo dado

Corrigindo e guiando com amor

sendo na paz ou na dor

Te ouvindo ou no silêncio

Sim, em cada segundo corrido no tempo

Teu olhar sempre permaneceu o mesmo

a me acolher, a me amar

E com Teus braços abertos acolheste na cruz

todo aquele rendido ao pecado

para que rendido a Ti, a vida tivesse

Por isso Te louvo, e ainda Te louvarei

pelo maior amor e pela grandeza

das obras, mistérios, tudo

E que aos Teus olhos seja eu santificado

morto ao mundo, vivificado

nessa mortificação vivaz

Sl 139:14-16

Minha Alma

Sou só uma alma cansada

não vejo, não sinto ou penso

por que tudo é tão triste?

Só não quero mais chorar

eu não quero mais sofrer

mas não há fôlego ou força

e com força derradeira

cai a derradeira lágrima

meu esforço fraco e último

para suprimir a angústia

que sufoca e que mata

minha própria alma triste

por que te abates em mim?

Alma desesperançada!

Te esquecestes quem tu és

e de quem te faz sorrir?

Espera em Deus ainda

Oh, pobre alma faminta

tua fome e sede de paz

será ainda saciada

descansa e crê somente

espera em Deus ainda

Edmond Conrado de Albuquerque
Enviado por Edmond Conrado de Albuquerque em 04/01/2011
Reeditado em 04/01/2011
Código do texto: T2708946
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