ANÉIS

 
Um grande vazio me preenche
De certa forma que transborda,
O que era matéria, é desmanche,
O que era próprio, me recorda
 
Dos tempos idos sem espaços,
Da falta de desvãos, lacunas
Dos anéis em terrenos baços,
De chumbo entre ralas plumas.
 
E um deus Cronos que escraviza,
E se prende ao pulso tal algema
E que o escravo vê e utiliza,
 
E mede o que ele solicita,
E corre, pois senão se espreme,
E chora, e treme, soluça e grita.




 
 
José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 12/11/2010
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