Vida Perseguida

Eu perdi tantos sentimentos em cada chão que caí

Em cada dor que eu vi renascer em mim!

Eu estava quase vivo e quase morto

Em cada vez que caia e continuava lá!

Ando com tantos medos que até de mim eu me escondo!

Medo de olhar para trás e ver a minha sombra escura

E não achar mais ninguém

E muitas vezes nem me achar mais!

Mas hoje, talvez, seja o tempo de mudança!

E quando eu quiser me achar, eu procurei

Tudo que a vida houve de provir

Tudo em que eu fiz razão de perder!

Mas o dia é novo!

E eu posso levantar e ver e crer

Mesmo que eu: nem levante mais; não veja mais a noite; nem creia mais em mim...

Posso vencer a cada dangerosíssima viagem de mim a mim mesmo!

Eu sou o poeta que sabe amar e viver

Eu sou o poeta que sabe descrever a vida presente

O amor presente, a dor presente...

A vida, apenas, em cada laço de paz!

iuRy
Enviado por iuRy em 10/10/2006
Código do texto: T261190