Vida Perseguida
Eu perdi tantos sentimentos em cada chão que caí
Em cada dor que eu vi renascer em mim!
Eu estava quase vivo e quase morto
Em cada vez que caia e continuava lá!
Ando com tantos medos que até de mim eu me escondo!
Medo de olhar para trás e ver a minha sombra escura
E não achar mais ninguém
E muitas vezes nem me achar mais!
Mas hoje, talvez, seja o tempo de mudança!
E quando eu quiser me achar, eu procurei
Tudo que a vida houve de provir
Tudo em que eu fiz razão de perder!
Mas o dia é novo!
E eu posso levantar e ver e crer
Mesmo que eu: nem levante mais; não veja mais a noite; nem creia mais em mim...
Posso vencer a cada dangerosíssima viagem de mim a mim mesmo!
Eu sou o poeta que sabe amar e viver
Eu sou o poeta que sabe descrever a vida presente
O amor presente, a dor presente...
A vida, apenas, em cada laço de paz!