Quando o sol iluminou teu rosto
Quando o sol iluminou teu rosto
No fundo do oceano, lá onde as
Trevas e o frio prevalecem
Houve um sobressalto...
Milhões de milhões de espécies que não
Têm entendimento,
Por um instante tiveram a alegria
De poder contemplar e compreender
O universo.
Mas ainda te digo pouco...
Quando o sol iluminou teu rosto
A Lua mostrou-se ao meio-dia
E os Guerreiros pararam por um Instante,
Foi natal o ano inteiro
E a palavra FOME perdeu o sentido
Mas ainda te digo pouco...
O rico envergonhou-se de sua riqueza
E o miserável sorriu durante horas,
No parto nenhuma mãe sentia dor,
E o filho em vez de chorar riu languidamente.
Mas ainda te digo pouco...
Quando o sol iluminou teu rosto
O Proprio Deus deu uma olhada
E a Terra se encheu de luz,
O assassino pediu perdão
E o morto reviveu...
Tudo, tudo quando o sol iluminou teu rosto.
Mas ainda te digo pouco...
A vida me pareceu valer a pena
E em mim senti um nadinha de alegria,
O coração mostrou-se vivo
E até os lábios esboçaram um sorriso,
Forças extintas sobrevieram-me...
Mas ainda te digo pouco...
Desenterrei a palavra AMOR
E com ela fiz inúmeras ferramentas
A Esperança acordou
E encheu-se de claridade a escuridão
Do meu Ser.
Renovou-me por completo
O instante em que o sol iluminou teu rosto.
Mas ainda te digo pouco...
Foi um susto na monotonia,
Uma mão quebrou o concreto,
O fim da guerra de e que acaba com um homem só,
Queixos caídos,
A todo canto apostas perdidas,
Foi tudo, tudo
Quando o sol iluminou teu rosto,
E até viver me pareceu possível...