Sakineh – não se pode morrer de amor

Às vezes...

Quem nunca teve um amor

que duvidoso lhe fosse?

Saque!

Então...

Lhe atire uma pedra!

Vez ou outra...

Quem nunca compartilhou

do seu pão e do seu vinho?

Então...

Saque!

Depois...

Noventa e nove vezes sangre sua própria carne!

Quem a sombra de um véu

sempre causou dor?

O amor escravizou?

Mata!

Depois...

Sob a grinalda

o desejo esconde

Deixando o corpo nu

à mercê dos abutres

Pra sepulcrar o amor em lápide pra sempre!

GuimarãesCampos
Enviado por GuimarãesCampos em 15/10/2010
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