Braços cruzados

Riram de ti outra vez,

Fizeram piada de tua miséria,

E você não fez seu castelo de pedras.

E me diga, de que adiantou esta cara séria?

Ficou com os braços cruzados,

Lendo o jornal, apavorado com o banal,

Pensou muitas vezes que se tratava de algo trivial.

Mas você viu e sentiu que sobrou pouco para o final.

Mas uma vez te fizeram escolher,

Ou é bom ou mal,

Corrupção ou miséria geral,

E você fechou os olhos

Fez que não viu,

Mandou a honestidade para puta que o pariu,

Com todo respeito à pátria amada,

Mas já estamos acostumados com a marmelada.